_a beleza da repetição está nos detalhes_
há tempos pensando na morte e na certeza de que alguma coisa morreu. fui eu mesma. é até clichê tal constatação no universo artístico, só não sei se é clichê o motivo :
F
eitiço tal feito por uma que, por qualquer razão, quis sugar o que fazia EuE+4 girar num eixo certo.
é de conhecimento que se girar muito rápido vira luz. o que iríamos /ou ja estávamos?/ iluminar que assustou tanto aquela que nos amaldiçoou?
das 4, uma tenho certeza por que nos reconhecemos em facetas muito específicas uma da outra.
tal bruxa levou nossa garra, nossa iniciativa, nossa habilidade de correr. nos deixou doentes, magras, medrosas. tristes, isoladas.
ou você realmente acha que tal isolamento que passei era puramente fruto de um processo clínico? tal tosse que me quebra uma costela e me impede de cantar, falar e respirar era puramente emocional? acha que eu falei tanto, mas tanto sobre uma outrA porque passava por processo esquizofrênico?
a outrA era eu indo embora, agora que percebi.
sempre achei elA muito mais forte que eu, muito mais talentosa e no fundo /e no raso/ elA nunca se separou de mim, mas há um tempo
_o mesmo tempo que venho pensando sobre a morte_
não me reconheço mais nela.
como se quebra um feitiço sem saber a sua origem? como retomar a parte da alma que foi arrancada de si? e PRA ONDE VOCÊ FOI?
existe um cativeiro e apesar das pernas medrosas, algo muito antigo não pode ser quebrado, que são todas as certezas e aprendizados da primeira infância e foi lá que mE reconheci.
sigo meu cheiro e ouço as vibrações delA. em algum momento eu A liberto e, finalmente, voltamos às atividades normais.
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